"Ao Prof. Markus Fierz* Basileia, 22 de junho de 1949. Prezado senhor Fierz, Li com muito interesse o seu grande trabalho no Eranos-Jahrbuch (1). Achei-o estimulante ao extremo. Mas, dirijo-me ao senhor por outro motivo: envio-lhe anexo um manuscrito que Pauli me animou a escrever (2). É uma reunião de minhas ideias sobre o tema da sincronicidade. Como atualmente os físicos são os únicos capazes de trabalhar com sucesso estas ideias, espero encontrar num físico a compreensão crítica de meu trabalho, ainda que o fundamento empírico pareça estar totalmente do lado dos fenômenos psíquicos. Ficaria muito grato se tivesse a gentileza de examinar criticamente a linha de meu pensamento. Toda e qualquer crítica será bem recebida. Trata-se infelizmente de um campo bem difícil e obscuro, onde a razão facilmente pode tropeçar. Mas como este problema me parece de importância capital, nada gostaria de omitir que pudesse ajudar a discussão. Espero não tomar muito de seu precioso tempo ...