Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2024

To Prof. J. B. Rhine

Duke University Durham (N. C.) EUA, 09 de agosto de 1954.   Dear Dr. Rhine, Obrigado por sua gentil carta. A tradução inglesa de "Synchronizität" será publicada pela Bollingen Press. O tradutor é o Mr. Hull, que está traduzindo minhas obras completas. Ele entende bem o conceito de sincronicidade, que no fundo não é complicado e tem longa história, desde a remota antiguidade até Leibniz. Ele tinha ainda   quatro princípios para explicar a natureza: espaço, tempo, causalidade e sua harmonia praestabilita , um princípio acausal. Se não me engano, minha dissertação(1) foi publicada, no meu livro Collected Papers on Analytical Psychology (2ª edição, 1920). (No momento não estou em casa). A dificuldade principal com a sincronicidade (e também com a PES) está em que as pessoas pensam que ela é produzida pelo sujeito, enquanto eu penso que ela está antes na natureza de acontecimentos objetivos. Mesmo que a PES seja um dom de certas pessoas e parece depender de uma per

A uma destinatária não identificada

Bollingen, 31 de julho de 1954.   Dear N., Durante o tumulto do congresso (1) não tive tempo de examinar seus dois sonhos. Eles possuem alguns aspectos confusos. O primeiro sonho tenta demonstrar-lhe que o símbolo de uma união sexual perfeita significa a imagem ctônica da unidade no si-mesmo. Esta tentativa se choca logo com sua divisão entre o em cima e o embaixo, e a senhora começa a pergunta-se se não deveria ter-se mantido do lado ctônico. É evidente que deve fazer isto, sem contudo, perder de vista o aspecto espiritual. Sexualidade e espírito – ambos são um e o mesmo no si-mesmo, ainda que o seu ego seja dominado por seu lado ctônico sempre um pouco fraco demais. Neste caso a senhora corre o perigo de perder-se completamente nele, apoiada num animus idiota que só pode captar um ou outros por vez. Enquanto estiver no si-mesmo, ambos os aspectos estão vivos porque são um e o mesmo, ainda que nossa consciência do eu os distinga. Finalmente, o ego deve ceder e restringir-se a