Ao Dr. Hans Schär, Pastor
Berna, 15 de agosto de 1952.
Prezado Pastor,
Muito agradecido por me enviar sua
recensão de Jó. Não o invejo por esta tarefa difícil. Mas o senhor conseguiu realiza-la
de maneira bastante objetiva e também conseguiu introduzir nela alguma coisa
para ouvidos mais refinados.
Sua ideia a respeito da minha afinidade
espiritual com Jacob Burckhardt ou, ao menos, de minha simpatia por ele, é
supreendentemente correta. Burchhardt tinha plena razão em seus pressentimentos
pessimistas. Não adianta nada fechar os olhos para o lado escuro.
Estou feliz que uma exposição tão
criteriosa e equilibrada tenha chegado a uma revista teológica. Aliás, é a
primeira que chegou lá.
Se bem entendi, o senhor estaria disposto
a visitar-me durante o mês de setembro. Neste mês estarei em Bollingen, onde o
receberei com muito prazer, bastando me avisar com alguns dias de antecedência.
Até lá, com saudações cordiais, C. G. Jung
(1) Hans Schär, “C. G. Jung und dire Deutung der
Geschichte”, em Schweizerische Theologische Umschau, VIII, Berna, 1952.
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