To Paul Campbell
Glasgow/Escócia, 19 de dezembro de 1952.
Dear Mr. Campbell,
Muito obrigado por sua amável carta e pelo
programa da reunião (1). Sei perfeitamente que os analistas enfrentam sérios
problemas que, por um lado, são um agravante do trabalho já difícil em si
mesmo, mas, por outro lado, uma vantagem, pois começam num mundo de pensamento
e sentimento baseado em realidades arquetípicas.
Eu tive no passado certo número de
pacientes tuberculosos e consegui muitas vezes bons resultados com a
psicoterapia (2). Mas é verdade que, na média, o caso somático sofre geralmente
resistências contra um tratamento psicológico, sobretudo por parte dos
tuberculosos, pois a tuberculose é de certa forma uma doença “pneumática”, isto
é, afeta a respiração que mantém a vida. Tais pacientes parecem fixar-se com
orgulho e obstinação no sucesso de resposta somática para um problema
psicológico insolúvel.
Tudo de bom para o Natal e o Ano Novo.
Yours cordially, C. G. Jung.
(1)Mr. Paulo Campbell, analista, havia
enviado a Jung o programa de uma “Catholic Jungian Conference”, de janeiro de
1953, em Londres.
(2)Um especialista em doenças pulmonares
havia recomendado a Paul Campbell submeter os pacientes a um tratamento
psicológico, pois estava convencido da importância da análise no tratamento da
tuberculose. Cf. também carta a Swoboda, de 23 de janeiro de 1960.
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