To William Hamilton Smith (1)
Springfield (Mass.)/EUA, 26 de janeiro de 1953.
Dear Mr. Smith,
Cada um é livre de crer o que lhe convém
no caso de coisas sobre as quais nada sabemos. Ninguém sabe se existe
reencarnação, mas também ninguém sabe se não existe. O próprio Buda estava
convencido da reencarnação, mas perguntado duas vezes por seus discípulos sobre
isto, deixou em aberto a questão se existia uma continuidade da personalidade
ou não. É verdade que não sabemos de onde viemos nem para onde vamos, ou por
que estamos aqui neste tempo atual. Penso que seja correto acreditar que
havendo feito aqui o melhor que podíamos, também estamos preparados da melhor
forma possível para coisas futuras.
Yours sincerely, C. G. Jung.
(1)Mr. Smith apresenta-se como “just a little fellow 58 years old and employed as a packer in a government arsenal (…) with an intense desire to know where I came from, where I am going and why I am here in the present time”. Tradução: “apenas um sujeitinho de 58 anos e empregado como empacotador em um arsenal do governo (…) com uma vontade imensa de saber de onde vim, para onde vou e por que estou aqui no momento”. Entre outras coisas, perguntava se era errado acreditar na reencarnação.
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