Kassel-Wilhelmshöhe/Alemanha, 07 de dezembro de 1954. Prezado Doutor, É muita gentileza sua submeter o seu manuscrito (1) à minha opinião. (...) Concordo com o senhor que o crente nada vai aprender de meu Resposta a Jó , pois ele já possui tudo. Desde minha tenra juventude fui levado a sentir que os crentes são ricos e sábios e muito pouco inclinados a escutar outra coisa qualquer. Reconheço francamente minha extrema pobreza no conhecimento pela fé e sugiro-lhe que feche estrondosamente o meu Reposta a Jó e escreva na capa como texto de orelhas o seguinte: “Aqui não há nada de proveitoso para o cristão que tem fé”. Estou de pleno acordo. Realmente, eu não abordo o que é “crível”, mas apenas o que é cognoscível. Parece-me que não estamos em condições de “gerar” ou “manter a fé”, pois ela é um carisma que Deus dá ou retira. Seria presunção imaginar que podemos decidir sobre ela. Por questão de brevidade, meus comentários são algo diretos e espontâneos. Espero que não os leve a...
To Fowler McCormick Zurique, 24 de novembro de 1954. Dear Fowler, Não se preocupe, pois eu me diverti no outra noite e tive um belo sono depois. Uma conversa interessante nunca perturba o meu sono. Só uma falação sem sentido me perturba. Qual é o seu programa para sexta-feira? Poderíamos tentar Einsiedeln para um pouco de sol, por volta das 10 horas (1). Cordially yours, C. G. Jung (1)Cf. carta a McCormick, de 22 de fevereiro de 1951, nota 1.