To Prof. Arvind U. Vasavada (1) Zurique, 22 de novembro de 1954. Dear Friend, Muito obrigado por sua gentil carta e pela encantadora “saudação ao mestre perfeito”. Percebo que no guru o senhor saúda o Deus infinitesimal, cuja luz se torna visível onde quer que a consciência da pessoa tenha dado o menor passo para frente e para além de seu próprio horizonte. A luz do crepúsculo, louvada pelos nossos pensadores medievais como aurora consurgens (2), a luz matutina que surge, inspira veneração; ela enche nosso coração de alegria e admiração, ou de irritação e medo, ou mesmo de ódio, conforme a natureza daquilo que nos revela. O ego recebe a luz do si-mesmo. Ainda que saibamos alguma coisa do si-mesmo, nós não o conhecemos. Podemos ver uma grande cidade, saber seu nome e posição geográfica, mas não se conhece nenhum de seus habitantes. Podemos conhecer uma pessoa por contato diário, mas ignorar totalmente seu verdadeiro caráter. O ego está contido no si-mesmo assim c...